Páginas

4 de dezembro de 2013

1, 2, 3... Testando | 1Q84

Ilustração de Sachin Teng
1Q84 é um instigante sucesso de vendas, no Japão e no mundo, do autor contemporâneo Haruki Murakami. Aqui, nunca  nem tinha ouvido nem falar. Vai ver porque o mundo dos livros nunca tinha feito parte de mim. Tempos atrás, passeando no shopping com o amor, vi o 1Q84, mas não comprei. Estava caro e não tinha lido nada sobre ele, então, decidi deixá-lo na estante.

Recentemente, voltei à Livraria Cultura. E lá estava o mesmo livro junto a outros títulos com desconto de Black Friday: algo em torno de cinco reais mais barato que o preço anterior. Eu havia feito uma confusão na loja virtual da Cultura, precisava trocar um item por outro. Comprei um DVD em vez de um livro. O filme estava com o preço acessível. Portanto, já sabia que pagaria a diferença por qualquer outro item da loja.  

Estava determinada a levar um livro para casa. Sem pensar duas vezes, sem ler uma resenha, só seguindo a intuição, comprei 1Q84. Mesmo usando os pontos do programa de fidelidade, ainda tomei um susto na hora do caixa. Titubeei, pensei em sair correndo da fila, devolver o livro à estante e procurar alguma coisa mais barata. Resolvi insistir no livro, afinal, eu gosto tanto de cultura pop japonesa... por que não gostaria desse best-seller?

A ideia de usar a tag 1, 2, 3... Testando com livros, quadrinhos e revistas é registrar as minhas primeiras impressões sobre as primeiras páginas do item que estou a ler. Ainda não sei em qual número de páginas devo parar exatamente. Pensei em cem, em vinte, em cinquenta... Nesse livro, 1Q84, de 430 páginas escolhi parar, teoricamente, na centésima. Tentei, mas não consegui parar na página de número 100. Ela ficava bem no meio do sexto capítulo. Para pequenas coisas da vida, talvez eu possa dizer que tenho TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo). Então, na realidade, parei na página 112. 

As cem(nto e doze) primeiras páginas de 1Q84 reúnem os seis primeiros capítulos da obra, dedicados a duas personagens diferentes: Aomame e Tengo. Cada capítulo narra, alternadamente, a história dessas duas protagonistas, entre abril e junho, no Japão de 1984. Há quem diga que 1Q84 é uma obra-prima, uma fantástica releitura do livro futurístico do genial George Orwell. Sobre isso, não tenho o que comentar, pois ainda não li 1984.

O autor. Bonitão, né?
O que eu pude perceber nesse cento de páginas é que o senhor Murakami-san é um homem muito inteligente. É muito interesse a forma com que o autor relaciona conteúdos eruditos com aspectos da vida comum das personagens. Eu ainda acho que Machado de Assis rules 'em all, mas tenho que dar o braço a torcer para Haruki Muramaki.

Outro aspecto interessante da obra é a construção das personagens. Penso que ainda é cedo para analisar a profundidade psicológica delas, mas já dá para tecer comentários sobre a descrição física de Aomame, Tengo, Komatsu e Fukaeri. O cara tem uma coisa com assimetria, gente. Para mim, é até meio difícil de imaginar... Acho que é porque aqui no Brasil as coisas belas são simétricas, né? As pessoas nascidas no Japão seres excêntricos.

Até agora a vida de Aomame e de Tengo ainda não se encontraram... Faltam ainda três quartos para o final do livro e, pelo visto, muita história ainda vai rolar. Mal posso esperar pra chegar lá. Essa tensão está me matando! Aliás, vou voltar para a minha leitura... as coisas aqui em casa andam meio tensas.

Quando terminar o livro, volto aqui para escrever todas as minhas impressões e meus sentimentos sobre o primeiro livro dessa trilogia. Não tinha mencionado que era uma trilogia, né? Desculpem... Ah, também prometo trazer os textos das costas e das orelhas do livro. Por enquanto, vou digitar bem rapidinho os títulos dos 12 primeiros dos 24 capítulos de 1Q84, que são por si só deveras interessantes.

  1. Aomame -- Não se deixe enganar pelas aparências
  2. Tengo -- Uma ideia inusitada
  3. Aomame -- Alguns fatos que teriam sido alterados
  4. Tengo -- Se é isso que você deseja...
  5. Aomame --- Profissão que exige habilidade e preparo
  6. Tengo -- Será que vamos para muito longe?
  7. Aomame -- Bem de mansinho para não acordar as borboletas
  8. Tengo -- Encontrar um desconhecido num local desconhecido
  9. Aomame -- O cenário muda, as regras também
  10. Tengo -- Uma revolução de verdade com derramamento de sangue
  11. Aomame -- O corpo é um santuário
  12. Tengo -- Venha a nós o Vosso Reino


1bj,

3 de dezembro de 2013

1, 2, 3... Testando | Shingeki no Kyojin v.1

Finalmente, chegou a encomenda que fiz da Comix. Comprei em fase de pré-venda, então, demorou um pouco, mas eu tenho a impressão que valeu a pena... Tendo em vista o sucesso que Shingeki no Kyojin (Ataque dos Titãs) fez no Brasil, imagino que os exemplares das bancas de revista aqui perto de casa já tenham se esgotado. Mais tarde passo lá pra dar uma olhada. 



Acordei e o interfone tocou. Como estou esperando muitas encomendas da Black Friday e nem estranhei. Fizeram-me a gentileza de buscar pra mim. Quando mirei o tamanho da caixa, já até sabia do que se tratava. E daquele jeito que eu acordei eu voltei pra cama e comecei a ler, sem tomar café, sem fazer xixi e sem escovar os dentes. 

Foi uma leitura muito rápida e muito frenética. Convulsionei de alegria e excitação. Ainda não sei muito do enredo... quando meus/minhas amig@s estavam em frenesi por causa de Ataque dos Titãs, eu nem dei muita bola, nem ao anime, nem ao mangá. Até que Vanessa postou no Facebook algo sobre a promoção de assinatura do mangá. Estava um preço muito bom e daí eu dei uma olhada no primeiro capítulo, online e em inglês. E adorei! 



Mesmo que a história não seja lá essas coisas (o que eu duvido muito), a arte e o enquadramento (como se referir à "direção" quando se fala de quadrinhos?) são pontos fortíssimos do blockbuster japonês, garantindo horas a fio de diversão desde o primeiro volume. (:

Eu não conferi a edição japonesa de Shingeki no Kyojin, então, é um pouco complicado analisar por esse lado. Baseando-se nos outros mangás que tenho aqui, é uma covardia comparar exemplares japoneses e nacionais. Um pela qualidade do papel, dois pelas páginas coloridas e três pelas orelhas com informações legais que as publicações têm. Mas a Panini, editora que está imprimindo Ataque dos Titãs no Brasil, ofereceu um marca-páginas pra gente. Veio junto do mangá, lacrado. Tudo bem que a gente não pode se vender por tão pouco, mas quem não gosta de um mimo, não é mesmo?

Mal posso esperar para janeiro chegar e junto com ele, a próxima edição de Shingeki. Estou super-resistindo de cair em tentação e ler online. Para variar, Hajime Isayama deixou um p**a gancho para a próxima edição.

Ficha Técnica
Título original: 進撃の巨人
Título: Ataque dos Titãs
Autor: Hajime Isayama
Ilustração: Hajime Isayama
Demografia: Shōnen
Gênero: Ação, Pós-apocalíptico, Terror, Shōnen, Drama, Fantasia
Volumes: 11 (em andamento no Japão)

Que mangá(s) você(s) está acompanhando, atualmente?

1bj,

2 de dezembro de 2013

Encarei | Réquiem

Em uma sentada --- ou melhor, deitada ---, li o sinistro Réquiem de Shizuro Gō, pseudônimo de Michiko Yamaguchi. Como uma boa pisciana --- que não sou ---, viajei ao Japão de 1945 durante a Segunda Guerra Mundial e fiquei muito tocada pelo conteúdo do livro.

Infelizmente, em Réquiem, Tom Cruise não vai diminuir a dor de muitas famílias, pais, mães e crianças japonesas. O autor não nos dá a oportunidade de lembrar em momento algum de filmes emblemáticos, como O último samurai ou Memórias de uma gueixa, de Edward Zwick e Rob Marshall, respectivamente. Somos todxs absortos pelos sentimentos, pelo cansaço e pelos devaneios de Setsuko, nossa boa protagonista japonesa.

Não sei como Gō reuniu argumento para escrever o livro, vou procurar essa informação. Se ele realmente inventou as cartas, puxa... Shizuko Gō desenvolve um enredo incrível, de episódios não cronológicos e recheado de antíteses, que mesmo sem descrever a la José de Alencar os horrores da guerra imprime nx leitor/a o que exatamente foram esses tempos. 

Réquiem é uma narrativa épica e epistolar, de extrema sensibilidade, ancoradas no ser humano. O livro reclama muitas inquietações em uma leitura tranquila, e aparentemente, esquecida --- ou nunca antes conhecida --- no Brasil. Uma pena. Réquiem poderia facilmente ser encaixado ao conteúdo da nona série ou mesmo do Ensino Médio. Definitivamente, seria uma leitura que desequilibraria a turma, especialmente os truculentos e beligerantes rapazes com os hormônios à flor da pele.

Setsuko, uma jovem de dezesseis anos, é uma defensora passional do esforço de guerra do Japão. Entrega-se de coração á tarefa de escrever cartas de encorajamentos aos soldados da frente de combate. Ao lado da amiga de escola, Naomi, de espírito livre e impetuoso, Setsuko divide um diário cuja linguagem reflete lealdade, fervor, ceticismo, sofrimento e esperança, num mundo ao mesmo tempo doce e amargo. 
À medida que a inexorável realidade da guerra se impõe --- cruel e esmagadora sobre a vida dessas duas jovens ---, o mundo de Setsuko torna-se, de fato, "mais escuro de olhos abertos". E, após a rendição de agosto de 1945 --- a derradeira decepção ---, Setsuko se vê sozinha em um improvisado abrigo antiaéreo, onde a saudade daqueles que se foram e a consciência cada vez mais questionadora sobre a guerra içuminam seu caminho em direção à morte. 
Réquiem é um apelo pungente contra o militarismo. Um relato das experiências e sofrimentos do povo japonês durante a Segunda Guerra Mundial, só comparável aos Diários de Anne Frank e de Zlata Filopovic. Shizuko Gō compõe um romance com extrema sensibilidade e lirismo, um documento de dor em busca do real sentido da guerra, cujas implicações e reflexões transcendem os limites de uma nação para atingir a consciência de toda a humanidade.
Réquiem recebeu o Prêmio Akutagawa em 1973, um ano após ter sido publicado.*

Estou muito feliz por ter lido Réquiem. O livro conferiu-me mais consciência de ser uma profunda admiradora da cultura do país da Terra do Sol Nascente, aproximando-me de seu passado, de sua cultura popular e de seu folclore. Eu recomendo fortemente a todas as pessoas que se consideram "otakus" que leiam. (: 

Ficha técnica
Título: Réquiem
Título original: Rekuiemu
Autor: Shizuko Gō
Tradução: Sonia Moreira (do inglês)
Editora: Record
Páginas: 141

1bj,

*Texto retirado da contracapa do livro

Compras | Feira do Livro: revanche

Gente, meu namorado fez uma coisa muito fofa pra mim. ♥ Lembram-se que semana passada nós fomos a Feira do Livro? Então, lá eu vi vender A menina sem qualidades por vinte reais. Eu estava crente que era o último dia de feira, dia de xepa, e achei caro... Não comprei. Também... nunca tinha ouvido falar sobre Juli Zeh...



Cheguei em casa, googlei e descobri que o livro era superlegal. Uma p**a crítica à sociedade europeia. Uma fotografia da realidade como ela é. E com o cheiro de ralo que ela tem.... Então, chorei porque na livraria, A menina sem qualidades estava custando quase sessenta reais. :(

Como achava que a feira tinha acabado naquele final de semana, fiz muitas buscas tentando stalkear o dono do sebo/loja ou mesmo o telefone de algum dxs organizadorxs do evento e nada... sofri calada por dois dias. Até que, ao acaso, uma amiga de uma amiga minha postou alguma coisa do tipo "na Feira do Livro agora". Eu estranhei. E cliquei. A menina tinha publicado na página do Facebook do evento (eu tinha buscado antes, mas não achei). Enfim... Descobri que a feira funcionaria até às 20h de hoje (1).


Contei para Ele que a feira ainda estava acontecendo e que queria voltar lá, pois aquele livro que eu queria, mas achei caro tava quase o triplo do preço nas lojas... Bateu um desesperinho do livro ter sido vendido. Foi aí que meu querido foi à feira, totalmente na contramão do serviço dele, buscar o bendito livro ao final do expediente. Ele me o livro de presente, assim sem motivo . ♥

Pesquisando mais um pouquinho, descobri que A menina sem qualidades inspirou uma minissérie que foi produzida e transmitida MTV Brasil em 27 de maio de 2013. Atualíssima! Isso que dá não ver tevê...

A menina sem qualidade classificação indicativa de 16 anos e está disponível integralmente no Youtube. 


Confesso que ainda não vi a minissérie, mas pretendo ver. (: Se você viu (aqui ou na TV) e gostou, te adianto (de graça #brincs) os links para os próximos episódios:

Episódio 2
Episódio 3
Episódio 4
Episódio 5
Episódio 6
Episódio 7
Episódio 8
Episódio 9
Episódio 10
Episódio 11
Episódio 12 - Final

1bj,

*Vídeos por Mundo MTV

Coletiva | Cinco coisas para não adotar na minha vida

Atualização: 2 jun 2014
Nada mudou na minha vida.


Motivada pela blogagem coletiva que rolou mês passado no blog da Áurea, resolvi abolir cinco maus hábitos da minha vida. Isso mesmo: cinco coisas para não adotar na minha vida:

  1. Chega de engordar
  2. Chega de Mc Donald's
  3. Chega de produtos Coca-cola
  4. Parei de dormir maquiada
  5. Parei de preguiça de fazer as unhas

1bj,

1 de dezembro de 2013

Música | Maria Gadú apresenta Cazuza

Domingo (1), esqueça o Sílvio Santos, o Domingão do Faustão e principalmente, o Fantástico. Você e eu temos outro compromisso marcado com a televisão: a Bela Flor, Maria Gadú, apresentará Cazuza às 20h, no Multishow. (!!!)



Alguém aí tem aqueles aparelhos de gravar programas da tevê? *-*

1bj,