Ontem e hoje, na cidade onde moro, aconteceu a 31a Feira do Livro. Disseram-me que, no ano passado, a Feira foi um fiasco. Mesmo assim, eu fui pra lá bastante esperançosa de comprar livros, em especial, romances novos, pois estou fugindo dos de Pedagogia.
Mais mangá que nos eventos. Aliás, por que não vejo mais venda de mangás nos eventos? |
Antes o problema da Feira do Livro fosse a pouca diversidade de mangás... O preço de livraria foi broxante. Não sei dizer ao certo quanto estandes tinham lá, uns 15 ou 20, mas só consegui (e fiz questão de) comprar em uma banca. A único que estava vendendo livros por menos de dez reais.
Comprei livros velhos e um com furo de traça (mas é/deve ser um livro fantástico). Saí de lá com os pés doendo, caçando livros em melhor estado, mas comprei uns títulos interessantes. Infelizmente, Parece que as livrarias e editoras da cidade não sabem o que é uma feira. :( Para vocês terem ideia, a cidade onde moro atualmente teve a primeira Bienal do livro ano passado. Compare com São Paulo. Pois é...
Os livros que eu comprei foram:
Réquiem é um comovente relato das experiências sofridas pelo povo japonês durante a Segunda Guerra Mundial, só comparável aos Diários de Zlata e de Anne Frank. Um forte apelo contra o militarismo na voz de uma adolescente que abraçou a causa da guerra como se fosse sua. Setsuko, junto com sua amiga Naomi, escrevem-se mutuamente, e o diário das duas jovens reflete um misto de amor, amizade, esperança e sofrimento. (...) Shizuko Gō publicou este primeiro romance na revista literária Bungakukai, em 1972, recebendo no ano seguinte o prestigioso prêmio de literatura do Japão, o Akutagawa.* Réquiem é o meu primeiro livro de um/a autor/a japonês/esa que não é um mangá. :) R$3,00
As solas do sol, livro de estreia de Fabrício Carpinejar, já no título nos projeta no âmago do paradoxo, ao unir o mais rasteiro --- a sola --- ao mais elevado --- o sol. Todavia, na lógica própria ao poético, o último termo já se incrusta no seu oposto (sola), dando a entender que cabe ao artista a elaboração de um cosmo sem fronteira, onde categorias antinômicas convivam em amorosa e densa tensão. (...)** Tempos atrás, já acompanhava os escritos de Carpinejar no blog pessoal dele, daí ele se enveredou para uma poesia esquisita (machista talvez) e eu meio que descurti. Pelo preço e por ser o debut de Carpinejar, resolvi arriscar, pois muito provavelmente não me depararei com versos reacionários. R$5,00
Sete, como poderiam ser tantos mais, no momento em que se quer atribuir à natureza humana males que são resultado de uma forma determinada de organização da sociedade entre os homens [e as mulheres], comandada pelo Capital e não pelos indivíduos, pela busca do lucro e não da felicidade. (...)*** Nesse livro, praticamente pulei em cima. Eu simplesmente não podia deixar de comprar, mesmo carcomidinho por traças, ensaios de maravilhosos pensadores socialistas da contemporaneidade. Não podia faltar na minha estante comuna. xD Agora, sério... nem tinha percebido que 7 pecados do capital fora traçado (literalmente), se não, tinha pedido desconto! RS5,00
*Sinopse retirada do próprio livro.
**Prefácio por Antonio Carlos Secchin, retirado da orelha do livro.
***Sinopse escrita por Emir Sader, retirada da orelha do livro.
E você? O que anda lendo?
1 bj,
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